08/05/09

Jantar LusoAfrican

Benvindos ao jantar português em plena África!
Vendo bem, não é em plena África pois Maputo não respira a imaginação e palpitação africanas; mas ajuda!
So, from AfricanAlive, mais uma paginação de um acontecimento passado.
Este blog raramente está actualizado pois a internet, falta de tempo e disposição para enfiar pequenas mensagens em garrafas e lança-las ao mar cibernauta, o não permitem. Só para terem uma ideia, este jantar aconteceu aí há três semanas, mais coisa, menos coisa!
Todos os antecedentes do evento gritavam por algo especial: começando pelo actor principal - o bacalhau, vindo expressamente de Portugal, via CTT. Além de ter sido carissímo, demorou eternidades a chegar. Já quando não havia esperança do tão desejado chegar por entre a neblina, ou talvez pelo sol abrasador da madrugada, eis quando, chegou! Passado mês e meio... Resumindo: o correio funciona mas tem de se ficar com o numero do registo da encomenda, deixar passar uma semana e depois ir aos correios aqui de Maputo e perguntar "Quê dê?" - informação fidedigna, do próprio responsavel dos correios moçambicanos.
Bom, depois do bacalhau chegar - obrigada D. Leonor, minha mãe! - foi orquestrar o menu, fazer compras e mãos à obra! Éramos 16 pessoas, vindas de vários países: Portugal (moi), Brasil (Aline, Carlos, Cris, Manuela, Raúl, Stella, Tatiana, Tiago, 2 di's de passagem q sem serem convidadas se infiltraram), Hungria (Reka), Camarões (Mustafa), Moçambique (amiga de Mustafá), Chile (Daniel) e Republica Checa (Peter). Todos no bom espírito e com apetite e curiosidade da praxe, de fazer as delicias de quem cozinha! Não esquecer que a fome é o melhor condimento da comida!
So, o menu... perdoem-me portuguesas experts mas o menu representante do nosso país foi: Tremoços, salada de tomate, Bacalhau com Natas, pasteis de bacalhau com aroz de tomate e rabanadas de sobremesa. Inicialmente foi pensado um Leite Creme ou Arroz Doce mas dado q já havia arroz e sem tempo p fazer leite creme, fui pelo caminho mais fácil! Em geral tudo ficou bom mas uma das melhores partes foi a preparação: eu, Raúl e Manuela na cozinha! Obrigada a ambos, à sua ajuda e boa disposição. Eu dava as ordens e os dois brasucas executavam, sempre tecendo malhas e opiniões sobre o seu país (Brasil) e Portugal - diferenças, comparações, colonização, riquezas gastronómicas e imaginação sem limites!

As condições são as que se apresentam! Tachos e panelas mudos e negros de tantas estórias para contar, fogão com coluna quebrada, mosquitos e outros animais passeando e ajudando à festa, etc.

Festa, festa, começou com discurso, apresentação do menu, explicação do modo de confecção e abertura da sessão! Bon apetit!
Claro que o arroz colou ao tacho e torrou, a salada foi pouca, o bacalhau ficou muito seco e as rabanadas duras e enjoativas pois não foram embebidas em leite morno quente mas frio e o açucar foi mascavado e granulado. Não se pode ter tudo!!! O importante é o sabor, e esse estava lá, descansem as confrarias do bacalhau e bons garfos lusitanos!
Houve música, conversas, comentários, fotos e filmagens. Danças e muito mais.

Eis, caros (caros: palavra engraçada. São realmente muito caros para mim, e cada vez vejo mais isso com a distancia, conhecimento(s), saudade), mais um relatório dos dias de uma (uns) DI's em África. A minha está longe de ser só isto. O trabalho na e com a escola é de peso mas ainda não expus o seu tic-tac como deve ser - está na manga!
Se estou a gostar? Muito! Se recomendo? A 100%. A impressão que tenho até agora é que mais do que ajudar, sinto que estou a ser ajudada. África é uma escola! Espero passar na prova e com distinção.
Quanto a outros jantares temáticos, alheiras, moiras e cozido à portuguesa estão em banho-maria. Confirmar presenças, p. f.!